Fritz e Hans eram vizinhos e amigos de infância. Foram juntos ao Culto Infantil e Ensino Confirmatório. Porém, na Juventude se apaixonaram pela mesma menina, o que gerou uma briga entre os dois. De companheiros tornaram-se inimigos declarados. Para complicar ainda mais a história, a menina não ficou com nenhum deles. Sobrou somente o ódio. Ambos casaram. Formaram família. Herdaram as terras dos pais. Somente um ribeirão separava suas propriedades. Mas, não se falavam desde a mocidade. Alimentavam mutuamente o ódio. Também não permitiam às suas famílias uma aproximação. Eles tinham por hábito plantar milho junto ao ribeirão. Como ali as terras eram férteis o milharal crescia muito. Assim, um não enxergava a cara e a casa do outro. O clima esquentava na época da colheita, quando eram obrigados a trabalhar próximos um do outro. Mas, faziam de conta como se não existissem. Acontece que, após a colheita, apareceu na região um carpinteiro. Fritz o convidou para sua morada. Mostrou-lhe o rancho onde havia muita madeira estocada. Contratou-o para construir uma cerca bem alta, próxima ao ribeirão, a qual o impediria de ver a casa, a família e a cara do Hans. O carpinteiro perguntou a razão, escutou a história e se dispôs a fazer o serviço. Fritz se preparava para viajar. Passaria duas semanas fora de casa. O carpinteiro garantiu que a obra estaria pronta ao seu retorno. Assim, Fritz partiu. O carpinteiro começou a selecionar a madeira, iniciando a obra. Em férias, Fritz imagina o tamanho da cerca. A possibilidade de não enxergar mais o odioso vizinho lhe dava muita alegria. Agradecia a Deus pelo anjo construtor. O tempo foi findando. Chegou o dia do retorno. Quanto mais se aproximava de casa, mais aumentava a expectativa, que se tornou um grande susto ao ver a obra. Descobriu que o carpinteiro não tinha construído uma cerca, mas sim uma PONTE. Fritz ficou enraivecido. Mal desembarcou e já foi, em passos largos, na direção da ponte para tirar satisfação do carpinteiro. Mas, aumentando ainda mais sua surpresa, notou que doutro lado do ribeirão também Hans caminhava em direção à ponte. Quanto mais ele acelerava, mais Hans acelerava. Não deu outra. Chegaram juntos na ponte. A raiva do Fritz se transformara em espanto. Pensava: O que ele faz aqui? Hans se achegou de braços abertos e um sorriso franco no rosto, dizendo: Meu velho amigo Fritz! Você é corajoso… Eu sou um covarde. Você teve a capacidade de construir uma ponte entre nós. Você buscou a aproximação. Eu lhe peço perdão pelos anos que te incomodei. Pelo mal que te causei. Eu não quero mais ficar brigado. Perdoe-me! Hans deu, então, um forte abraço no Fritz, que também retribuiu com igual calor. Assim, a velha amizade foi reatada graças à PONTE construída pelo anjo carpinteiro. Qual foi o salário do carpinteiro? Ganhou dobrado, do Fritz e do Hans. Mas, de fato, o maior prêmio foi enxergar os amigos abraçados, as duas famílias unidas. Diz o Evangelho que “há festa no céu por um pecador arrependido” (Lucas 15.7). Imagine, então, dois…
Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 15 / Versículo Inicial: 7
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 53951